Pescada

Merluccius merluccius

    • Atlântico Nordeste (FAO 27) e Atlântico Noroeste (FAO 21)
      Arrasto de Portas Demersal
    • Atlântico Nordeste (FAO 27): Skagerrak, Mar Báltico, Mar do Barents Sea, Artico Nordeste e Mar do Norte
      Redes de Emalhar de Fundo

    Biologia

    Pescada habita em muitas partes do Atlântico, Mediterrâneo, Norte e Sul do Pacífico, ao largo da costa da América do Sul e da África do Sul em profundidades que vão até aos 1.000 m. Esta espécie pode atingir cerca de 1,4 metros e de 15 Kg. A Pescada é uma espécie vulnerável à sobrepesca, porque cresce lentamente e só atinge a maturidade pelos 20 anos.

    A situação das populações

    Apenas as populações de Pescada-Branca (M. Merluccius) no Norte e de Pescada do sul (M. australis) da Nova Zelândia estão em bom estado biológico com níveis de biomassa elevados. Todos as outras populações de Pescada, quer no Mar Mediterrâneo, no Chile (M. australis e M. gayi), no Peru (M. gayi), na Argentina (M. hubbsi) ou na África do Sul (M. capensis e M. paradoxus) estão muito abaixo dos limites recomendados pelos cientistas, estando ameaçados pela sobrepesca e com pouca possibilidade de recuperação.

    Efeitos ecológicos

    A Pescada é capturada por pescarias mistas com redes de arrasto de fundo que capturam muitas espécies acessórias (sem valor comercial) que acabam por ser devolvidas ao mar. Muitas espécies de tubarões e raias, mamíferos marinhos, tartarugas e aves marinhas também são involuntariamente apanhadas por esta arte de pesca que também destrói o fundo do mar. As redes de emalhar no fundo não têm efeitos negativos sobre os habitats de fundo, mas ainda podem ser armadilhas para muitas aves e mamíferos marinhos.

    Gestão

    A gestão das populações globais da Pescada são apenas parcialmente eficazes. Por exemplo, os sistemas de gestão nacionais da América do Sul não são bem sucedidos na reconstrução das populações. A indústria tem feito esforços consideráveis para proteger a Pescada do Cabo através da melhoria das estatísticas e controlo dos desembarques. No entanto, a gestão necessita de medidas com base nas recomendações científicas que têm sido ignoradas nos últimos anos, levando a um volume de capturas insustentável. Outro exemplo, é que o Acordo de Parceria no domínio da pesca entre a UE e a Mauritânia venha melhorar o resultado desta gestão.

    Certificação

    As capturas da pesca certificadas pelo MSC são fixadas de modo que a população permaneça num nível sustentável. Se ao população está abaixo dos níveis de sustentabilidade, as capturas têm de ser reduzidas até que recupere dentro de um período de tempo definido. As capturas de espécies acessórias devem ser reduzidas ao mínimo absoluto e os habitats marinhos devem ser preservados. Pescadores participantes são monitorizados de perto e fornecem os seus dados de captura para as avaliações científicas serem mais crediveis.

    Como as pessoas podem ajudar
    A sobrepesca ameaça não só no mar, mas os meios de subsistência de 800 milhões de pessoas – muitas delas em países em desenvolvimento. A sua subsistência depende muitas vezes da captura, processamento e venda de peixe e marisco.
    Ao comprar produtos que têm na sua origem pesca que respeita o ambiente e as suas fontes, estará a apoiar as pessoas que dependem desses recursos marinhos.

    A pesca sustentável é boa para todos nós: http://www.fishforward.eu/