Ameijoa-Boa
Ruditapes decussatus (sy: Tapes decussatus, Venerupis decussatus)
- Atlântico Nordeste (FAO 27)Atlântico Nordeste (FAO 27)
Biologia
A casca da concha da Ameijoa-Boa tem um formato oval a quadrado e tem um comprimento máximo de 7,5 cm. Encontra-se no fundo do mar em condições salobras num intervalo de profundidade de 0-20 m. Esta espécie prefere baías abrigadas, estuários e lagoas e geralmente vive em águas calmas em areia, cascalho lamacento ou argila, onde tende a enterrar-se. Como filtrador que é, alimenta-se principalmente de fitoplâncton e detritos. A Amêijoa-Boa distribui-se a partir do sul e oeste de Inglaterra até à Península Ibérica, à região do Mediterrâneo, e mais abaixo para Sul Marrocos e Senegal.
Situação das populações
Esta espécie é um dos moluscos mais populares e rentáveis de lagoas e zonas costeiras do Mediterrâneo e costas adjacentes. A avaliação da situação das suas populações não está disponível em detalhe.
Efeitos ecológicos
Esta é uma espécie de crescimento rápido e apresenta uma alta resistência à pesca. A sua vulnerabilidade é, no entanto, elevada devido ao facto de que é facilmente detetável e muito pouco móvel. A apanha manual e o uso de ancinhos são considerados as práticas de pesca com menos impacto para o ambiente. Não ocorre pesca acessória uma vez que as espécies não-alvo ou espécies abaixo do tamanho legal são imediatamente devolvidos apresentando uma taxa de sobrevivência de quase 100%.
Gestão
Apesar de existirem planos de gestão, a informação detalhada é escassa. Para muitas espécies de bivalves (como por exemplo, o mexilhão) a delimitação entre a aquicultura e captura selvagem é difícil, uma vez que existem formas mistas, onde as sementes são produzidas em culturas, mas a espécie transacionável é de captura selvagem, ou as sementes são coletadas e depois transferidas para as culturas aquícolas.